“A dor é inevitável, o sofrimento é opcional” De fato, é verdade. Todo mundo sofre um dia, seja no primeiro, no segundo ou no ultimo amor, tanto faz, um dia todo mundo vai sofrer. A dor do amor talvez seja uma das piores porém é uma das únicas que não é eterna. Falo isso de experiência própria. Eu que achava que ia sofrer pra sempre, que nunca ia me curar, me libertar. Libertei-me da dor, mas isso não significa que me libertei do amor. Amanhã ou depois, esse amor pode voltar com força, com uma força tão grande capaz de me fazer esquecer de todo o sofrimento passado.
Sempre defendi a teoria de que o primeiro amor a gente nunca esquece e depois de tudo, continuo com ela. Não esquece, apenas ameniza. Ameniza ao ponto de saber viver sem ele, ameniza ao ponto de abrir as portas para outro amor. Acredito também, que um dia, vai amenizar tanto, ao ponto de acabar. Só que estaria sendo muito contraditória em acreditar que um dia possa acabar, amor assim não acaba, apenas fica guardado em um lugar inválido do coração.
E os lugares válidos? Eles sim irão fazer parte da minha rotina. Tem espaço demais no meu coração, espaço o suficiente pra amar de novo e ser feliz. É isso que meu coração pede todos os dias, que algo ou alguém ocupe esses lugares válidos antes que se tornem inválidos, que ocupe logo para que enfim eu possa sorrir de novo, com amor e sem dor.
A partir de agora, o lugar inválido do meu coração vai ser como um caixinha de lembranças, quando eu quiser lembrar de alguns momentos, vou abri-la e voltar ao passado. Ao passado que foi bom, que foi ruim, que foi o primeiro amor, que foi uma experiência, que foi felicidade, que foi lágrimas, que foi saudade, que foi amor, foi amor de verdade e que vai ser pra sempre. Vai ser pra vida toda, nunca vou esquecer totalmente, porém quando abrir a caixinha, não vai me incomodar, não vai me afetar, porque de fato, o que é inválido não tem valor. E hoje, o que é válido na minha vida, é a felicidade.
